Glaucoma é a principal causa de perda irreversível da visão, você sabia?

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O que é o glaucoma?

O glaucoma é uma doença ocular crônica e degenerativa do nervo óptico, que, na grande maioria das vezes, é associada ao aumento da pressão ocular. Ele provoca o estreitamento da visão, e por isso o paciente perde progressivamente a visão periférica.

Como essa doença pode não causar sintomas até estágios avançados, muitos pacientes podem ter o seu diagnóstico postergado por não fazerem acompanhamento de rotina com o oftalmologista. Confira mais sobre os tipos de glaucoma!

Quais os tipos de glaucoma?

Existem diferentes tipos de glaucoma:

O mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto. Ele não apresenta sintomas até fases avançadas e atinge as pessoas mais maduras. Neste caso, a pressão intraocular se eleva devido a dificuldade do ângulo de drenagem do olho.

Já no glaucoma de ângulo estreito (ou fechado), a obstrução aguda da drenagem ocular pode gerar um quadro de dor forte nos olhos e na cabeça associado a visão turva nas crises.

O glaucoma congênito acontece quando a criança chega ao mundo com uma má formação no sistema de drenagem do fluido do olho. Os sintomas incluem olhos de coloração opaca / azulada, lacrimejando, fotofobia (sensibilidade a luz) e também o aumento do tamanho do globo ocular. Normalmente aparece após o nascimento ou na infância. Por isso, é importante estar atento aos olhos das crianças!

Outro tipo é o glaucoma de pressão normal. Diferentemente dos demais, neste ocorre dano ao nervo óptico mesmo sem a elevação da pressão intraocular. Suas causas são desconhecidas, mas sabe-se que tem uma associação com problemas vasculares.

Há ainda os glaucomas secundários, desencadeados por fatores externos, como inflamação, trauma e uso de colírios de corticóide por tempo prolongado sem indicação e acompanhamento médico; o pigmentar, causado pela oclusão do ângulo de drenagem do olho por pigmento que se solta da íris, e o pseudoesfoliativo, provocado pela obstrução do sistema de drenagem do humor aquoso por depósitos fibrilares anormais. 

Como é feito o diagnóstico?

Essa doença é do tipo assintomática e, em muitas vezes, o diagnóstico é realizado na consulta oftalmológica de rotina. É imprescindível que seja feita a medição da pressão intraocular e o exame de fundo de olho, para analisar o estado e o funcionamento do nervo óptico.

Vale ressaltar, que pessoas a partir de 40 anos com histórico familiar de glaucoma precisam procurar o oftalmologista com mais frequência. Na avaliação, serão ponderados os fatores de risco e determinada a periodicidade das visitas.

Quais as opções de tratamento?

Portanto, fique de olho! Uma vez diagnosticado o glaucoma, o tratamento se dá com base no seu tipo e estágio. O glaucoma é uma doença crônica e progressiva, e o objetivo do tratamento, qualquer que seja ele, é estabilizá-la. No entanto, o dano gerado pelo glaucoma ainda é irreversível. De toda forma, mesmo os casos avançados, quando há perda importante da visão, precisam ser tratados de forma regular, a fim de evitar a cegueira. As terapias são realizadas com procedimentos clínicos, cirúrgicos ou a combinação dos dois. No início da doença, normalmente recomenda-se a aplicação diária de colírios específicos. Em casos avançados ou que não conseguem ser controlados com colírios, aplicação de laser (Trabeculoplastia Seletiva – SLT) ou cirurgias fistulizantes podem ser indicadas.

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Eduardo Novais - Doctoralia.com.br