Você já ouviu falar na doença de Graves?
Ela é uma enfermidade autoimune que acomete a glândula tireóide, levando ao hipertireoidismo. Como consequência, várias partes do corpo podem ser afetadas. Os principais sintomas são irritabilidade, fraqueza muscular, alteração no sono, coração acelerado, perda de peso, calor excessivo e diarréia. Quando manifestada nos olhos, ela leva o nome de oftalmopatia de Graves.
A maior parte das pessoas que apresentam o problema são mulheres, sendo estimado que 1 entre 1000 tenham a doença, ao passo que nos homens o índice chega a ser até 5 vezes menor.
Cerca de 5% das pessoas com a doença apresentam oftalmopatia de Graves. Ela não afeta diretamente o olho, mas os músculos ao redor dele, chamados de músculos extraoculares. Eles são responsáveis pelos movimentos dos olhos, e como consequência da doença, eles aumentam de volume causando limitação da movimentação do olho, visão dupla ou estrabismo e proptose (deslocamento ocular para frente).
Em muitos casos as pessoas com a doença apresentam exames normais, o que pode dificultar o diagnóstico. No entanto, alguns sintomas podem denunciar a doença. São eles: olhos vermelhos, inchaço ao redor dos olhos, exoftalmo (olhos saltados), retração das pálpebras, sensação de olhos secos ou de pressão nos olhos e, em alguns casos, perda de visão e problemas na córnea. Lembrando que os sintomas podem ser unilaterais ou presentes em ambos os olhos.
O tratamento da doença é feito com um endocrinologista e, em caso de oftalmopatia de Graves, um médico oftalmologista também deve fazer parte do acompanhamento. Medicamentos podem ser receitados para controle da função da tireóide e da inflamação muscular. Em caso de estrabismo e outras alterações podem ser sugeridas intervenções cirúrgicas.
Ao notar qualquer alteração parecida com as informadas procure ajuda médica. Lembramos que a doença pode ser muitas vezes silenciosa, e por isso mesmo consultar-se rotineiramente é essencial. Cuide-se!