Qual foi a última vez que você foi ao oftalmologista? Uma pesquisa feita pelo Ibope aponta que 34% dos brasileiros responderam que nunca realizaram uma consulta com esse especialista. O número corresponde a um terço da população brasileira. O resultado é alarmante, e chama a atenção para a ausência de prevenção e de tratamento para diversas doenças graves que acometem os olhos.
O levantamento também traz alguns dados esclarecedores, como o fato de que 74% dos entrevistados só procurarem o oftalmologista quando sentem alguma alteração na visão. 28% dos entrevistados afirmaram sofrer de alguma doença ocular e 61% conhecem alguém nessa situação. Na faixa etária acima de 40 anos, 38% responderam ter alguma doença ocular. Para a pesquisa foram entrevistados 2.002 homens e mulheres com idade a partir de 16 anos.
O hábito de procurar o oftalmologista apenas quando a visão estiver apresentando sintomas que incomodam é perigoso. Apesar de ser importante sempre estar atento a qualquer alteração, muitas doenças são assintomáticas e só são detectadas após um exame médico cuidadoso. Esse diagnóstico precoce é importantíssimo para garantir o correto tratamento e até a visão em muitos casos.
Algumas doenças se não tratadas com atenção podem levar a cegueira. É o caso do glaucoma, considerado a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Só no Brasil a doenças afeta cerca de 2 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde. Outra doença que também merece atenção é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma condição progressiva que atinge a área central da retina. Ela pode causar a perda da visão central se não for tratada adequadamente e é a causa mais comum de perda de visão em pessoas acima dos 50 anos. Já os diabéticos precisam estar atentos ao risco de desenvolver a retinopatia diabética, que pode levar à perda parcial ou total da visão. Segundo pesquisas, cerca de 75% dos pacientes que convivem com a diabetes mellitus a mais de 20 anos têm o problema. Em todos esses casos o acompanhamento e tratamento precoce pode fazer toda diferença.
Além disso dos casos mencionados, algumas alterações menos graves como miopia, hipermetropia e astigmatismo também precisam ser acompanhadas. Muitos optam pelo uso de óculos ou lentes e não mantém uma rotina de consultas com o oftalmologista. Nesses casos é sempre necessário fazer um monitoramento periódico, pois os graus podem variar e as estratégias usadas precisam ser constantemente ajustadas.
Se você mantém uma rotina de consultas com outros especialistas, insira também o oftalmologista na sua lista. A saúde ocular é importantíssima para nossa qualidade de vida, e por isso mesmo deve ser constantemente monitorada. Cuide-se!