O glaucoma é uma doença silenciosa que afeta o nervo óptico e é uma das maiores causas de cegueira no mundo.
O aumento na pressão intraocular é uma das causas mais comuns dessa doença, causando perda de fibras nervosas e comprometendo o fluxo de informações visuais para o cérebro.
Na grande maioria dos casos, o glaucoma pode ser tratado através de colírios. No entanto, nos casos em que o procedimento a laser ou cirurgia são indicados, é comum que os pacientes tenham receio de realizar tais procedimentos.
Entretanto, em determinados casos, a cirurgia de glaucoma pode ser o único tratamento disponível para evitar a perda completa da visão. Visto que o método possui altas taxas de sucesso, separamos 3 razões para não temer a cirurgia.
Quais são os tipos de Glaucoma?
Ângulo fechado (agudo)
No glaucoma de ângulo fechado (agudo) a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada, provocando aumento rápido da pressão intraocular, acompanhada de dor e visualização halos luminosos. Esses casos são considerados emergências médicas, e devem ser tratados o quanto antes.
Ângulo aberto (crônico)
Já no glaucoma de ângulo aberto (crônico) ocorre devido ao aumento prolongado na pressão ocular. Com o passar do tempo a pressão elevada causa um dano permanente no nervo óptico, causando perda do campo visual. Esse é o tipo mais comum de glaucoma e tende a ser hereditário, mas sua causa é desconhecida.
Existe também o glaucoma de pressão normal, no qual o paciente apresenta perda de fibra nervosas e constrição do campo visual progressivamente, porém apresenta níveis de pressão intraocular normais.
Glaucoma Congênito
É aquele em que a criança já nasce com a doença. É causado por desenvolvimento incompleto das vias de drenagens do humor aquoso.
Glaucoma Secundário
Caracterizado pelo uso de medicamentos, como corticosteroides ou traumas. Alguns exemplos comuns desse tipo de glaucoma é o uso sem acompanhamento ou prescrição médica de colírios que contenham corticoide em sua composição. Usuários de sprays nasais que contenham essa substância também podem apresentar aumento da pressão intraocular.
Sintomas:
O glaucoma pode não causar sintomas nas fases iniciais e é muito comum que o paciente não perceba essa perda de campo visual até fases avançadas, quando apresenta a visão tubular (apenas a parte central da imagem é mantida – foto). Se o paciente não for tratado, a visão central também é comprometida, até que o paciente perca totalmente a visão.
Por que não temer a cirurgia?
A cirurgia tem o objetivo de auxiliar o controle da pressão intraocular quando os colírios já não estão sendo suficiente! Por mais que o receio da cirurgia ocular exista, é preciso olhar para os benefícios que ela pode trazer. Confira abaixo os principais:
1 – Redução da pressão intraocular diminuindo as chances de cegueira irreversível;
2 – Riscos são baixos em comparação aos benefícios;
3 – Aumento da expectativa de vida;
4 – Melhor custo benefício;
5 – Diminuição dos riscos de queda;
6 – Maior independência
A perda visual causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida se diagnosticada e tratada precocemente. Como o desenvolvimento da doença muitas vezes é assintomático, é de extrema importância manter uma rotina de consultas a um oftalmologista, principalmente por pessoas em idade avançada ou que tenham histórico familiar da doença.